Quem sou eu

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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso, jogando meu corpo no mundo ...

22 de fevereiro de 2014

Cabelos do sol


No primeiro alvor da manhã
Surgiam os cabelos do sol
Envolvendo a contorcida árvore
Ao som de um lindo rouxinol.

Em teu vigoroso tronco
Rabiscos de diversos corações
Promessas de amor eterno
Aos olhos das quatro estações.

A união do céu e a terra
Um enamorado casal secular
Folhas enfeitam o cenário
De quem passou naquele lugar.

Raios dourados de luz
O galanteio da diversa vegetação
Um quasar perdido no horizonte
Irradia uma suave recordação.

Daniel André.

19 de fevereiro de 2014

Gato assustado


Não fiz o sinal da cruz
Em meu casto coração
Hipnotizado por teus olhos
Encontro a paz na oração.

Do medo, as minhas garras
Afiadas mostrando defesa,
Hoje sou um gato assustado
Escondido debaixo da mesa.

Na intimidade rasgo a terra
E dela surge o teu sorriso,
Será que me desintegrando,
Encontrará o meu abrigo?

Cansei de ficar nos muros,
Suando frio com sua aparição,
Tua alma azul me tranquiliza,
Rendo-me agora, senhora paixão.
Dan André. 

16 de fevereiro de 2014

Vela acesa


Tenho em mim 
um intenso fulgor
clarão dourado
que persiste em brilhar:
- a chama da vida.

Por vezes, ventos enfados
tentam arrancar asas de sonhos
e descolar a vivaz gargalhada 
que habita na rouca luz.

Mas não!

A fé é uma vela incessante,
que no período da sua vida,
arde no peito, e insiste que ela,
a vela continue acesa.

E continuará!

Tenho acesa as labaredas da esperança,
que um dia certamente se apagará,
somente quando outra luz,
vier me buscar.

Daniel André